segunda-feira, 13 de abril de 2009

Oh, morte...

Tem uma música do Raul Seixas, "Canto para minha morte", em que ele fala da dita cuja. "Oh, morte, tu que és tão forte...". É uma canção sombria, em tom menor, chega a dar medo se escutada no escuro, nas altas horas da madrugada - como nessa em que escrevo esse post. E na morte do João Herrmann Neto, domingo, 12, de "uma hora para outra", não tive como me esquecer desta letra magnífica do eterno Raulzito. "Qual será a forma da minha morte?", ele pergunta, e sugere: "Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...". E, parece-me, a morte de João Herrmann, deputado federal e ex-prefeito de Piracicaba, amigo do meu pai e, por que não?, meu amigo também, de certa forma, foi um pouco esse "escorregão idiota" que não estava nos planos. Sempre tive medo dos abraços e tapas nas costas que o João Herrmann costumava dar, tamanha era a saúde dele. Eram tapas fortes, quase doídos, os quais era preciso estar de bom humor para não dizer, "pô, João, puta tapa". Mas como ele sempre foi alguém muito espirituoso, do tipo da pessoa que enche o recinto, tinha mil e uma histórias para contar, era fácil ficar de bom humor perto dele. Evidente, ele tinha lá suas manias e suas ideias, muitas delas eu discordava e discordo totalmente, mas, sem dúvida, foi uma pessoa magnifíca e deixou uma obra respeitável. Viveu sempre entre o brilhantismo e a loucura; e, por muitas vezes, era quase impossível identificar uma ou outra coisa. Sem dúvida, ele foi antes da hora.


EU ODEIO... essa mania, agora, de ficar colocando torcedor lado a lado, de frente para TV, para assistir jogos de seus times juntos; é uma babaquice sem tamanho...



"Eu vendi minha alma ao diabo porque precisei de dinheiro para comprar minha fé em Deus". (Essa frase é minha. Sinceramente, não achei ela grande coisa, apenas um pouco engraçada, e postei aqui porque, afinal, esse blog é ateu, porra!)

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