segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Dead Kennedys!

A morte de Kennedy, não apenas do John, mas também do Robert, é, talvez, um dos acontecimentos mais significativos dos anos 1960. Ela envolve tudo, ou quase tudo, que se passava no mundo naquele período. Não precisa ser eu, um mero provinciano, a discorrer sobre ela para que um bom entendedor, aquele mesmo, da meia palavra, possa entender. Há literatura e filmografia suficiente para dar conta. Um deles, no caso filme, é "JFK", título em inglês, que no Brasil recebeu o subtítulo "A pergunta que não quer calar", algo assim -- acho tão inútil esses tipos de subtítulo --, produzido nos idos 1991, pelo diretor Oliver Stone, tendo no elenco figurões, entre outros, do tipo a dupla Kevin Costner e Bacon, e Tomy Lee Jones. É simplesmente arrebatador. O filme trata de uma teoria de conspiração, com participação da CIA e FBI, para matar o presidente John Kennedy, em 1963, e posteriormente o seu irmão, em 1968. Tudo porque os irmãos Kennedy atentavam contra o interesse, principalmente da indústria bélica americana, ao se colocarem, e colocarem em seus planos de governo, o fim da Guerra do Vietnã. O filme é obrigatório para quem quer entender o período. Tem de tudo: bêbados, comunistas, fascistas, comunistas disfarcados; Cuba, Fidel Castro, Kruchev, definitivamente tudo o que a geopolítica dos anos 1960 produziu de melhor e de pior. E dentro de tudo isso, uma evidência forte: a morte John Kennedy foi um Golpe de Estado, e um raciocínio que coloca a América de ponta-cabeça: se um primeiro-ministro soviético tivesse sido morto, sob a mínima suspeita, todos estaríamos dizendo que ele foi vítima de um grande complô do partido comunista, mas como no caso foi um presidente americano, uma terra que fala de democracia e liberdade, pensamos que a mente (e mira) brilhante de um mero ex-comunista, como Lee Harvey Oswald, seria suficiente para matar o presidente. Depois dessa, eu parei: cortei um limão ao meio, fiz da metade três fatias, coloquei num copo baixo com três ou quatro pedras de gelo (não lembro ao certo), adicionei rum e Coca-Cola. Depois dessa, quero que o mundo acabe em Cuba Livre.

EU ODEIO... jornalista com registro e filiado na Fenaj.


"Drug Me" (Dead Kennedys)

2 comentários:

Anônimo disse...

Filme é do Oliver Stone, então não se poderia esperar outra coisa a não ser essas conspirações todas. O filme é longo, mas legal. Acho que eu formo com a mãe dele a dupla de fãs que ele conseguiu ter na sua carreira de ator. De quem eu falo? Kevin Costner. E não me pergunte o porquê. Sou o único cara que eu conheço que aguentou assistir o filme O Mensageiro sem dormir. Pior: ainda achei algo legal na obra. Tem gosto pra tudo...

Anônimo disse...

Queridissimo,
falando sobre limão e limonada, um dia eu peguei 6 deles e fui fazer um suco de limão. Será que ficou azedo? Será que tive que jogar fora? sim, sim, meu caro.
Irei assitir esse filme ai que falou. Tive até, momentaneamente, lendo seu texto, vontade de acender um cigarro. Talvez seja a parte de "Fidel, Cuba...", sei lá.
Bjos..adoro vc cara!!