sexta-feira, 18 de julho de 2008

Odiário - Missao Chile, Com Alguns Acentos e No Deserto

Antes de mais nada, cometi uma gafe no último relato. A hora, no Brasil, está a frente daqui. Entao, se sao 14h30 no Chile, no Brasil deve ser em torno de 15h30 / 16h. Posto isso. Vamos "adelante". Depois de uma viagem tranquila, com escala na cidade de Antofagasta, onde tem uma base militar da aeronáutica chilena, o aviao chegou a Calama, de onde pegamos uma van e viemos a San Pedro de Atacama. E tudo o que já ouvi sobre o Deserto do Atacama é verdade. Aqui é uma miragem, parece que estamos em outro planeta; a cidade é bem pequena, uns falam em 4 mil habitantes, outros em 2 mil habitantes, mas, enfim, nao importa muito. Voltada totalmente ao turismo, só há hotéis, albergues, restaurantes, mercearias, cafés, e tudo mais que se relaciona com essa indústria. Um lugar muito aprazível, gostoso.

Chegamos a noite, nao vimos muita coisa. O breu aqui é singular. A noite, a luz mais forte é da lua. Quando vi isso, me lembrei das críticas a Las Vegas, cidade que é o principal ponto luminoso do deserto nos EUA. Depois de uma noite nao muito bem dormida, já que o frio é impressionante, acordamos cedo, por volta das 7h30, e fomos tomar café. Em seguida, seguimos passear pelo centro de San Pedro. Ruas de terra batida e muito pó. Mas tudo muito acessível. Visitamos a igreja da cidade, onde um senhor me chamou a atencao e pediu que tirasse o boné. Acontece. Fomos no museu, anexo a uma Faculdade de Arqueologia. Bem organizado, conta o período desde a formacao dos povos primitivos que habitavam essa regiao, há 10 mil anos, até a invasao Inca e, em seguida, a influencia espanhola, e sua colonizacao.

A tarde, fomos visitar o tao falado Vale da Lua. A excursao também passou pelo Vale da Morte, onde existem diversas versoes para o seu nome: (1) porque lá nao tem condicoes de desenvolver vida, nem animal ou vegetal; (2) porque um pastor de lhamas foi passar pelo local e nunca mais foi encontrado; e, por último, (3) porque Gustave Le Paige, médico belga que viveu aqui nos anos 1960 -- inclusive no museu tem uma sessao dedicada a ele -- nao conseguia falar em espanhol Marte, já que o local tem solo parecido com o marciano, e falava Muerte, daí o nome. Bom, eu fico com a primeira opcao, achei a mais plausível. No local, nao tem um raminho de nada.

O passeio pelo Vale da Lua acabou com uma "tungada" da lua. O guia, Max, esperava que ela fosse aparecer e fazer espetáculo considerado único. Mas ela demorou. Entao, nao teve espetáculo. Seria um gran finale, talvez, mas o enredo todo nao deixa a desejar. San Pedro de Atacama confirma todas as famas que tem.

Até!

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