sábado, 12 de julho de 2008

"Odiario" - Missao Chile e Sem Acento

Inauguro um novo suplemento do meu blog Pensamento d´Odia. E o "Odiario" - Missao Chile e Sem Acento. Explico: d´Odia sempre foi, sempre sera, a marca do meu pensamento odiatico. Eu deixo o amor de lado para odiar. Um suplemento nesta logica nao poderia ser outro, se nao um "Odiario". Um diario de odio, onde o amor nao entra nem como nota de rodape. Bom, o subtitulo, Missao Chile, pelo obvio lulante, estou no Chile, desde hoje, ate dia 23 deste julho friorento e chuvoso, aqui principalmente. O apendice, Sem Acento, e apenas para que eu possa me dar o direito de nao colocar acento, ja que esse teclado hispanico e confuso, e... hispanico! Dito isso, ca estou, numa lan house, em Santiago, do Chile, ao meu lado direito esta a Cordilheira dos Andes, ao meu lado esquerdo, a Iglesia de Santo Antonio, tendo a Plaza de Armas como palco e, em minha frente, muito provavelmente, pelo mapa que consultei, esta o Mercado Municipal, onde, mais hoje ou amanha, desgustarei pescado, mariscos e outras cositas mas.

Santiago e uma cidade mais latina do que americana. Menos (bem menos, alias) europeia que Buenos Aires, onde ja estive, e que teve a capacidade de manter um pouco da cultura indigena, principalmente nas feicoes de seus habitantes. Os espanhois, definitivamente, nao foram tao eficazes em eliminar indigenas como os nosso portugueses.

A viagem. Noite em claro, uma conversa longa, duradoura e cheia de bobagens com o meu pai e com a Flavia. Um cafe preto com pao de queijo no Graal da Bandeirantes, um suco de laranja num quiosque do Aeroporto e omelete com presunto, cereais com leite, frutas frescas da epoca, e mais cafe preto na classe executiva da Lan Chile -- bem aventuradas as milhagens do cartao de credito! Na chegada, um pepinico. Errei no preenchimento da "tarjeta de imigracion". Nada de mais. Só - deu acento! - uma correria basica e nada mais. Correria menos basica para acertar a passagem para Calama, no dia 17, de onde iremos (eu e a Flavia) para San Pedro de Atacama e ver o deserto. No albergue, limpo, confortavel e que ja tem um churrasco marcado para hoje a noite, as 20h, por 4.000 pesos chilenos (cada), coisa de 11 reais, para comer a vontade. Meu espirito italiano, dos Gardenais da minha vo Cida e dos Lacrimanti da minha vo Marina, esta afiado. Enfim. Tudo acertado.

Na rua. Pela Monjitas, entramos na rua Mercedez, e fomos pela avenida Santo Antonio, entramos num calcadao. E fomos tomar cafe, mais um pretinho basico, mas com leite, no Cafe Haiti. Um detalhe: existem muitos cafes aqui, e todos eles oferecem cafe com mulheres de pouca roupa que podem deixar voce mais acordado que cafeina. Logico, a Flavia nao perdeu tempo: "Ainda bem que vim". Ela foi sarcastica. Enfim, tudo normal, se nao fosse por "duas estudantes", uma de psicologia e outra de medicina, que nos abordaram para oferecer uma poesia, de nome Olvido - que se pasa? - e pedir gorjeta. Dei, a contragosto. Mas dei pouco, nada mais que cinco reais, que foram divididos em duas. Nada muito acima do que o Geleia pediria para olhar o carro na Rua do Porto.

Pronto. E isso. "Odiario" volta amanha, ou nao volta mais. Estou pensando em montar uma cabana ao lado dos Andes. Quem sabe.

Inte!

Erich

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